Superproteção parental e seus riscos para o desenvolvimento infantil

O afeto, o cuidado e atenção de pais e responsáveis são fundamentais durante o crescimento e desenvolvimento infantil. Porém, o problema ocorre quando há o excesso de proteção que costuma impactar negativamente a vida dos pequenos não somente durante a infância, mas também ao longo da vida adulta .

Quando aquela proteção benéfica e positiva dá lugar ao exagero na dose de cuidados com os filhos, isso pode contribuir para que eles cresçam dependentes dos pais em situações que poderiam agir sozinhos, o que acaba impossibilitando que desenvolvam habilidades importantes para se tornarem pessoas mais seguras e confiantes nas mais diversas situações.

Para entender melhor sobre a superproteção parental e seu impacto negativo no desenvolvimento infantil, prossiga com a leitura!

Diferenças entre proteção e superproteção parental

Enquanto na proteção o adulto exerce um papel importante de fornecer condições que contribuem para suprir as necessidades da criança, como: preparar sua alimentação, oferecer roupas limpas, dentre outros pontos que envolvem questões físicas, fisiológicas e também emocionais que precisam do amparo de um adulto, levando com consideração não somente a idade da criança como também suas necessidades individuais. Porém, com o passar dos anos e com o crescimento da criança, essa proteção vai se adequando e é onde os pais conseguem abrir espaço para que essas necessidades básicas sejam aprendidas, até que ela consiga desempenhá-las sozinha.

Entretanto, na superproteção ocorre o controle excessivo de pais e responsáveis, não dando a oportunidade da criança criar autonomia para realizar atividades. Então, os pais acabam privando que os pequenos evoluam suas habilidades comportamentais e oferecendo poucas chances de se prepararem com as frustrações e adversidades que podem acontecer durante a infância.

Dessa forma, a superproteção parental, embora esteja mascarada em formato de zelo, cuidado e amor, seu excesso traz consequências negativas para o desenvolvimento da criança, como:

• Ansiedade;
• Inibição comportamental;
• Não aprimora a sua capacidade de resolver problemas e adversidades;
• Baixa autoeficácia;
• Autoestima prejudicada.

Como evitar a superproteção parental?

Confira abaixo algumas dicas para equilibrar o excesso de zelo pelos pequenos e contribuir para um desenvolvimento adequado e satisfatório:

Deixe que a criança faça as coisas que consegue

Sabe aquela sensação de querer resolver tudo o que seu filho precisa para que nada saia do controle? Então, deixe isso de lado. Seu filho já sabe amarrar o tênis? Então,  deixe que ele faça isso. “Ah, mas se eu fizer, vai ser mais rápido”. Sim, porém você quebra o processo de autoconhecimento e aprendizado do seu filho e não dá liberdade e independência que ele necessita.

Permita que a criança brinque e explore

Cair, ralar o joelho, chorar… são situações que podem acontecer independentemente da brincadeira e é normal. Privar a criança de passar por situações que possam frustrá-la, como, por exemplo, perder no joguinho com os amigos, só vai contribuir para que ela não saiba processar e entender as suas emoções. Por isso, permita que a criança explore e brinque livremente – com supervisão, é claro. Mas sem que se sinta controlada o tempo todo sobre como deve se divertir.

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