Conheça e saiba como prevenir a obesidade infantil

Segundo um levantamento do Ministério da Saúde brasileiro, 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) já estão em um quadro de obesidade. Ou seja, a obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil.

Apesar destes dados serem de 2019, sabemos bem que desde aquele ano não tivemos um cenário mais positivo ou mais propício para esse tipo de cuidado. A obesidade infantil, na realidade, já é uma preocupação constante há alguns anos, assim como a obesidade entre os adultos. O que ocorre entre as crianças e adolescentes, porém, tem altos impactos na saúde para o resto da vida.

Existem diversos fatores que condicionam e agravam esse aumento de peso, e também consequências graves para a saúde no geral. Nos próximos tópicos, conheça mais detalhes sobre a obesidade infantil e, principalmente, como prevenir e ajudar os pequenos nos cuidados com a alimentação.

Características da Obesidade Infantil

Em um quadro de obesidade na infância, a criança apresenta peso corporal acima do estimado para sua idade e também altura. O cálculo de IMC (índice de massa corporal) é um dos elementos utilizados para diagnóstico, mas a rotina pediátrica conta com outros cálculos e pode utilizar exames clínicos e laboratoriais para investigar melhor cada caso.

O que causa a Obesidade Infantil?

A origem da obesidade entre as crianças pode ser resultado de uma combinação de fatores, alguns presentes já antes do primeiro ano de vida. Podemos separar e apontar os principais “vilões” nos seguintes grupos:

• Alimentação

É o fator mais comum, sendo um ponto de atenção muito importante desde os primeiros passos da introdução alimentar. A oferta de alimentos industrializados e ultraprocessados, além do grande volume de açúcar direcionado para as crianças, é o principal fator de risco.

• Sedentarismo

Assim como acontece com os adultos, uma rotina sem atividades físicas leva ao sedentarismo e ao rápido ganho de peso. A prática de exercícios e a inclusão em brincadeiras com outras crianças ajuda a movimentar.

• Fatores Genéticos

A obesidade tem relação com os genes, de forma que se existem casos na família, existe a predisposição genética de que a obesidade infantil também ocorra. Outras doenças relacionadas, como a diabetes, também são condições genéticas.

• Fatores Hormonais

Problemas na produção de hormônios, e nesta fase principalmente o hormônio do crescimento (GH), podem desregular o organismo e contribuir para o rápido ganho de peso.

• Psicológico

Quadros de ansiedade e depressão, principalmente quando acarretados pelo bullying ou o clima familiar, também podem contribuir na obesidade infantil, ou ainda em outros transtornos alimentares.

Como prevenir e outros pontos de atenção

Família e escola precisam focar em promover uma alimentação saudável para as crianças. É importante incluir diversos grupos alimentares nas refeições e, ao mesmo tempo, evitar os ultraprocessados, refrigerantes e os alimentos ricos em açúcares.

Outro ponto é ajudar na construção de uma rotina com atividades físicas, incentivando brincadeiras e também a prática de esportes. O acompanhamento com um pediatra é a melhor forma de acompanhar o crescimento da criança e identificar qualquer alteração preocupante. É importante reagir de forma rápida e eficiente, sabendo que o quadro de obesidade na infância pode agravar quadros de saúde e impactar até a vida adulta.

Lembre-se que o acompanhamento com médicos e nutricionistas é o melhor caminho para se orientar, tanto tirando dúvidas como para encontrar soluções e possíveis tratamentos para apoiar a criança. Para continuar aprendendo sobre o tema, leia também sobre 4 atitudes que ajudam a criar uma rotina alimentar para as crianças.